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Hermes Vigne

Blog do historiador, escritor e professor gaúcho Hermes Vigne, autor de livros como "Trindade do Sul da Serra do Lobo", "Na Vida Tudo é Poesia" e "Belas Histórias Que Papai Contava".

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Hermes Vigne#

Nascido em 9 de janeiro de 1940 em Liberato Salzano - RS, o historiador, escritor e professor Hermes Vigne é autor de vários livros, entre eles "Na Vida Tudo é Poesia", "Belas Histórias Que Papai Contava" e "Trindade do Sul da Serra do Lobo", este último dedicado a contar a história de Trindade do Sul - RS, que o historiador acompanhou desde sua fundação.
Hermes Vigne reside e trabalha, atualmente, como professor, em Trindade do Sul - RS.


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Srº Eduardo Cunha - Câmara dos deputados, Brasília#

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Assistindo noticiosos na televisão, compadeci-me ao vê-lo triste e abatido, lamentando as mágoas que a vida lhes reserva. Como somos da mesma idade, os dois seres, ambos seres humanos, apesar da diferença social e econômica, numa tentativa de consolo, dirijo-me a Vossa Excelência (excelência por pouco tempo) na tentativa de, como cidadão do bem, alertá-lo que vossa mágoa, vosso rancor, vosso sentimento pelas condições a que vós vos expusestes diante dos pares e da sociedade, apesar de ser impossível a cura, há como amenizar um pouco essa turbulência mental. Procure operar algumas mudanças em vosso comportamento. Por exemplo: descarregue essa enorme carga de egoísmo que corrói a dignidade humana, jogue no lixo a exasperada fome pelo ter, queime a educação que cultivais em vossas ações, pois isso não faz parte de cidadãos educados, cultos; muito menos de ’homens públicos’. Conhecendo-vos via televisão, estou consciente que os eleitores que vos concederam os votos que lhes deram direito a uma cadeira na Câmara dos Deputados, não foram por mérito de vossa conduta, de vossas obras, nem de vosso empenho em vossas funções. Certamente, foram frutos do vosso maquiavelismo atrelado ao poder econômico que maquiavelicamente conquistastes, agarrando-vos neles como se fosse o último sopro de vida.
Excelentíssimo Senhor, que pena ver-vos no topo de centenas de colegas e discípulos educados para cobiçar o que não vos pertence e, assim, colocando vossas ações como quem foi educado para cultivar desordens, desonestidade, egocentrismo, corrupção e o "Venha a nós o vosso reino”, esquecendo dos deveres contidos na moral, na Constituição e nas sociedades do bem.
Vi e ouvi Vossa Excelência, na televisão, com o rosto enrubescido, com os olhos avermelhados e molhados (lágrimas de crocodilo), lamentando a situação em que vossa ingenuidade vos levou, quando dissestes publicamente: Lamentos muito pela situação a que puseram à minha esposa e à minha filha mais velhas”. Só! Sendo só por elas a saída é muito fácil! É só, na hora do caviar, sentar à mesa e na intimidade, pedir-lhes perdão, limpar o rosto, e pronto. Interessante Sr. Senhor, saber que só tendes duas pessoas a lamentar! E nós cidadãos comuns que lhes confiamos os votos? Nós que pagamos impostos; altos impostos para poder continuar vivendo e mostrar que somos honestos? Todos bestas? Por que esse dinheiro sofrido, suado, difícil e magro que conseguimos com o suor de cada dia deve ir para bancos suíços e nos bolsos de candidatos políticos. Francamente, meu senhor, sempre imaginei que nossos impostos seriam destinados a produzirem mais saúde, mais educação, mais e melhores rodovias, mais segurança, mais incentivo à agricultura, à produção de alimentos: cereais, carne, verduras, legumes, frutas com qualidade e mais acessibilidade aos consumidores. Porém, quanto engano! É tão pequena a parcela destinada em benefício às sociedades trabalhadoras! Entretanto, devo consolá-lo; a fortuna acumulada no pais e no estrangeiro, podeis crer que se reverterá em votos e novas alegrias. Pelo visto, a mola mestre no Brasil é o dinheiro.

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