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Hermes Vigne

Blog do historiador, escritor e professor gaúcho Hermes Vigne, autor de livros como "Trindade do Sul da Serra do Lobo", "Na Vida Tudo é Poesia" e "Belas Histórias Que Papai Contava".

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Hermes Vigne#

Nascido em 9 de janeiro de 1940 em Liberato Salzano - RS, o historiador, escritor e professor Hermes Vigne é autor de vários livros, entre eles "Na Vida Tudo é Poesia", "Belas Histórias Que Papai Contava" e "Trindade do Sul da Serra do Lobo", este último dedicado a contar a história de Trindade do Sul - RS, que o historiador acompanhou desde sua fundação.
Hermes Vigne reside e trabalha, atualmente, como professor, em Trindade do Sul - RS.


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CONTRA ESPERTO ESPERTO E MEIO#

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Viviam, na campanha gaúcha, um casal com um filho, criados nos velhos costumes, tradicionais; Virgílio, dona Aurora e o filho Joaquim. Um belo dia em que Joaquim completou seus 20 anos, apôs o almoço, Virgílio, pai do moço, abriu uma conversa com o filho. "Meu filho, estás completando 20 anos, parabéns, muita saúde e progresso em tuas jornadas. – Puxou do bolso 4 mil réis, e continuou. - Quando da tua idade meu velho pai me deu 2 mil Réis e mandou que fizesse meu quinhão. Hoje, tu bem sabes que sou um cidadão respeitado e invejado na redondeza. Agora, chegou tua vez. Leva o dobro do que eu levei e reforça-=te. Já tens condições e capacidade. Vai e leva um conselho do pai” Não confies muito em escrivães e advogados, seja honesto e respeitoso. Já no dia seguinte, providenciado os pertences; com as bênçãos e lágrimas dos, partiu.
Capacitado com as regras dos pais foi à luta. Em pouco tempo fez sucesso; bons negócios, bons amigos, tudo dava certo. Ao longo de dois anos estava com 20 mil Réis no bolso. Aí deu-se por conta que devia dar um destino ao dinheiro. Na manhã do dia seguinte consultou o dono da pousada, cidadão amigo e honesto. Perguntou-lhe se no povoado haveria alguém que pudesse deixar uns valores, para não andar com dinheiro no bolso. O seu Cristiano, dono da pousada, confidenciou-lhe que o Senhor Justino, dono da primeira casa da rua abaixo era o de maior confiança entre os cidadão da vizinhança, que ele o recomendaria. Feito isso, dirigiu-se ao endereço. Chegando lá, cumprimentou o homem atarefado nas escritas. O homem levantou os olhos pedindo do que se tratava. "Olha senhor, fui informado de vossa honestidade: Estou a negócios e trago comigo certa quantia em dinheiro, gostaria deixar isso com o senhor até resolver algumas pendências.: " Ah! Claro, pode deixar que ficam seguros. – Joaquim desembolsou o dinheiro, entregou-o e ficou aguardando. Seu Justino contou-os e despediu o depositário. "Bom senhor, preciso de um recibo para não esquecer, disse o moço. "Haaa sim, desculpe.  Fez o recibo, entregou-o e voltou a sentar em seu trabalho.
Joaquim saiu e tornou a seus negócios. Na volta, apôs a janta, o dono perguntou ao hóspede o que havia achado do escrivão. "Não, tudo bem! - Disse ele. E voltou ao quarto pensativo. " Escrivão, escrivão . . . Não, não está certo! Vou amanhã cedinho retirar meu dinheiro, papai me alertou sobre escrivões! – Como passou a noite em claro, assim que amanheceu foi ter com seu Justino. Chegando lá foi dando desculpas que teria que viajar com urgência, e precisava do dinheiro! "Que dinheiro, seu moço, disse o homem. O dinheiro que deixei ontem, Senhor. "Aqui não tem dinheiro nenhum! Não te conheço! "Dinheiro sim, está aqui o recibo, disse o moço, e entregou o recibo. O homem pegou o recibo, rasgou-o e pediu que fosse embora, alertando-o que, caso ele o denunciasse, poderia ser preso, que ninguém acreditar nele, e sentenciou. "Saiba que sou o homem mais bem visto e querido do povoado, retire-se!
O pobre moço arrasado, foi logo ter com o pai. Chegando lá contou tudo como havia acontecido. O velho pai ao par da ocorrência, acalmou-o. "Meu filho, vem comigo, vamos logo até a casa do larápio. Assim, Partiram os dois, apressadamente. No caminho, o pai o pai alertou-o sobre como agir. Ao chegar no povoado foram diretos à casa do escrivão. Antes de entrar o velho disse ao filho: "Quando eu estiver conversando com o homem, a um sinal, entre disfarçadamente, peça o teu dinheiro, e deixe comigo. Feito isso o pai entrou, cumprimentou o senhor, tirou um maço de dinheiro e disse: "Estimado senhor estou chegando à negócios, nos quais consegui um bom dinheiro, e como todos aqui me informaram que o senhor é o homem de maior confiança e credibilidade local, eu precisaria deposita uns quase 30 mil Réis, se o senhor puder fazer esse favor, ficarei muito grato. " Haaa claro que sim! Realmente sou o mais citado nesses assuntos. O velho fez um sinal ao filho que entrasse enquanto ia desfolhando os valores. Nisso chegou o filho, chamou o dono e disse: "Estimado senhor eu vim retirar os vinte mil Réis que deixei aqui esses dias, preciso viajar com urgência. "Haaa claro, claro! Aqui está seu dinheiro, bons negócios! Aqui a gente guarda e devolve na ora. O moço pegou o dinheiro e saiu. Seu Justino pediu o dinheiro do velho para depositar. O velho pôs o dinheiro no bolso e foi desatando: ” Seu ladrão disfarçado! Aquele que saiu, que o senhor quis roubar seu dinheiro, é meu filho! CONTRA ESPERTEZA ESPERTO E MEIO, senhor!

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ImprimirReportar erroTags:dinheiro, senhor, filho, pai, disse, homem e velho780 palavras7 min. para ler

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